Toda criança já deve ter ouvido dos pais a famosa frase: “Não aceite doces de estranhos!”. Mas qual o problema em ganhar inocentes guloseimas? Os casos de doces contaminados são raros, mas é importante estar ciente dos riscos e tomar medidas para proteger seus filhos.
O Caso Ronald Clark O’Bryan
Em 1974, nos Estados Unidos, um pai chamado Ronald Clark O’Bryan deu a seu filho de 8 anos, Timothy, um doce envenenado com cianeto de potássio. O objetivo de Ronald, que ficou conhecido como “Candy Man” após o assassinato, era matar os dois filhos para receber o seguro de vida das crianças. Porém, apenas o filho mais velho comeu o doce envenenado, levantando suspeitas sobre o pai, que foi condenado à morte em 1984. Esse caso alertou os pais americanos sobre o perigo dos doces no Halloween, gerando boatos de lâminas de barbear escondidas em maçãs e balas e chicletes envenenados.
A Lenda no Brasil
No Brasil, a lenda também ganhou força na década de 1980. Uma famosa marca de balas teve um lote apreendido com uma pequena quantidade de cocaína dentro delas. A substância havia sido injetada com seringas, já que as balas possuíam o furo da agulha.
Segundo um trabalho acadêmico, em 1997, surgiu um boato de que algumas balas da Van Melle continham cocaína injetada com seringas. A empresa agiu rapidamente para esclarecer o fato e retirar as balas do mercado.
A polícia levantou a hipótese de chantagem industrial, mas não encontrou os responsáveis pelo ato criminoso. A empresa sofreu prejuízos financeiros e uma crise de imagem, mas conseguiu se recuperar com o tempo.