Na paradisíaca ilha de Fernando de Noronha, lendas horripilantes também têm seu lugar. Entre as várias que permeiam o arquipélago, a mais famosa é a lenda da Alamoa. Marieta Borges, no livro Fernando de Noronha: Lendas e Fatos Pitorescos, descreve-a assim: “loura e nua, com a fosforescência e a maldade nos olhos (…) como a encarnação do desejo sexual”. Os homens, fascinados, eram conduzidos ao ponto mais alto da ilha, o Morro do Pico. Quando a vítima estava prestes a abraçar a bela e sedutora mulher, ela se transformava em um esqueleto de órbitas faiscantes. Apavorados, os jovens se atiravam no oceano ou se despedaçavam nos arrecifes.
Acredita-se que essa lenda tenha surgido na época em que os holandeses dominaram o arquipélago, no século XVII. Afinal, “Alamoa” é uma variação da palavra alemã “Alamode”. Supostamente, a jovem seria a soberana de um reino encantado que existiu em Fernando de Noronha antes da chegada dos navegadores europeus.
Nos dias atuais, a Alamoa é conhecida como a “Mulher de Branco”. Essa aparição é vista pedindo carona aos motoristas dos poucos carros que circulam pela ilha durante a noite, perpetuando o mistério e a magia da lendária figura.