Era uma vez, em uma escola antiga e imponente, uma lenda que assombrava os corredores. A história falava de uma menina que, em tempos passados, frequentava aquela instituição. Seu nome era Clara, uma aluna brilhante, mas solitária.
Clara tinha uma paixão por literatura e passava horas na biblioteca, devorando livros e escrevendo em seu diário. No entanto, sua timidez fazia com que tivesse poucos amigos. Um dia, uma tragédia ocorreu: Clara foi encontrada sem vida no corredor principal da escola, próximo à sala de aula onde sempre estudava sozinha.
A causa de sua morte nunca foi esclarecida, e muitos acreditavam que algo sobrenatural estava envolvido. Desde então, a lenda da Menina do Corredor começou a circular entre os estudantes. Diziam que, nas noites mais escuras, era possível ouvir o som de passos suaves ecoando pelos corredores vazios. Alguns afirmavam ter visto uma figura esguia com um vestido branco, caminhando silenciosamente.
Os mais corajosos contavam que, se você passasse pelo corredor principal à meia-noite e chamasse pelo nome de Clara, poderia vê-la segurando seu diário, com lágrimas nos olhos. Segundo a lenda, Clara ainda vagava pela escola em busca de alguém que pudesse entender sua solidão e ler suas palavras não ditas.
Com o tempo, a história da Menina do Corredor se tornou uma prova de coragem entre os alunos. Alguns tentavam desafiar o medo e passar pelo corredor à meia-noite, mas poucos conseguiam suportar a sensação gelada e a presença espectral que parecia cercá-los.
Assim, a lenda de Clara continuou a ser contada de geração em geração, um lembrete sombrio do que acontece quando a solidão e o mistério se entrelaçam nos corredores de uma escola antiga. Clara, a Menina do Corredor, permanecia como um enigma, sua história sussurrada pelos ventos que percorriam os corredores silenciosos.