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Estávamos numa pequena cidade chamada Santo Antônio do Pinhal, nos arredores de Campos do Jordão. Era um dia nublado e tranquilo, perfeito para explorar. Decidimos fazer uma caminhada por uma linha férrea desativada, um caminho quase esquecido pelo tempo, envolto por mato alto e o som distante de folhas balançando ao vento. O ar parecia mais denso ali, como se algo invisível nos observasse à medida que avançávamos.

Foi então que avistamos uma casa. Abandonada. Suas paredes envelhecidas e madeira carcomida pelo tempo contavam histórias de um passado longínquo. Mas era algo mais… havia uma estranha sensação de que o lugar estava esperando por nós.

A curiosidade venceu o medo, e resolvemos nos aproximar. Sacamos nossos celulares, filmamos e tiramos fotos enquanto atravessávamos a porta, que rangeu como se não quisesse nos deixar entrar. Lá dentro, o vazio. Não havia móveis, não havia vida. Apenas o silêncio inquietante.

Foi quando, ao olhar para um canto escuro, perto da janela empoeirada, eu vi algo. Não tenho palavras exatas para descrever. Era como uma sombra, uma presença. Ela estava ali, apenas observando, e num piscar de olhos… desapareceu. Olhei para os outros, na tentativa de buscar confirmação, mas ninguém parecia ter notado. Só eu. Entramos mais fundo na casa, exploramos cada cômodo, mas não havia nada. O lugar era um labirinto de ecos e memórias esquecidas.

Mas aquela visão, no canto da janela, não saiu da minha cabeça. E o mais estranho? Quando voltamos para casa e revisamos as fotos e vídeos, não encontramos nada de anormal. Era como se aquilo nunca tivesse estado ali, exceto na minha mente.