Foto: Ilustração/Fábio Rafael

A perna cabeluda (ou cabiluda, se preferir), não sai na luz do dia. Ela fica à espreita nas trevas, esperando o momento certo em uma rua deserta para atacar. Em meio às sombras dos carros, árvores e prédios, lá está ela: esperando um passante desavisado pra descer-lhe a rasteira. Se o pedestre perceber a tempo pode sair correndo, mas saiba: a perna não irá se cansar de correr nem tão cedo. Há quem diga que o sentimento ao ver a perna com unhas podres por aí é “próximo à morte”. Isso se você conseguir escapar.

Essa nossa lenda urbana mais ilustre, a Perna Cabeluda, assombrava os recifenses na década de 70. Há quem acredite que tudo começou quando foi encontrada uma perna cabeluda (sem o resto do corpo) boiando no Rio Capibaribe. A polícia, na época, não conseguiu solucionar o caso, e deu vazão à mirabolante imaginação dos jornais da época, que lançaram à população a pergunta “De onde veio a perna?”.