Essa lenda de Mariana (Minas Gerais) é a inspiração para o rito religioso que acontece até hoje na cidade. Conta-se que uma senhora vivia sozinha e passava o dia inteiro olhando a rua. Certa noite, viu uma procissão se aproximar. A velha estranhou, pois nem mesmo os sinos da igreja tocavam – coisa comum em dias de procissão.
Mesmo assim, a senhora ficou da janela assistindo. Próximo ao fim do cortejo, uma das pessoas que participavam se aproximou e entregou uma vela à senhora na janela. Ela a guardou e foi dormir. No dia seguinte, quando acordou, se deparou com ossos no lugar em que tinha deixado a vela. O desfecho da lenda varia: algumas versões dizem que a velha morreu, outras que a alma voltou para buscar os ossos na noite seguinte. No fim, a moral é a mesma: a Procissão das Almas não é para ser vista pelos vivos.