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Há uma lenda que circula entre os moradores de um bairro sobre um colégio abandonado há mais de 15 anos. O prédio, com seus longos corredores e um vasto pátio, tornou-se uma espécie de atalho para alguns que precisavam cortar caminho até a padaria do outro lado. Entre esses, estava uma pessoa que costumava passar por lá sem dar muita importância. Crianças muitas vezes iam até o local brincar, o que tornava qualquer figura observando ao longe algo fácil de ignorar.

Em um desses dias, enquanto atravessava o colégio no caminho de volta, avistou alguém no fundo de uma sala. Como já havia acontecido antes, pensou ser apenas uma criança, mas ao voltar para conferir, não havia ninguém. “Deve ser minha imaginação”, pensou, e seguiu em frente. No entanto, o clima começou a mudar. Um suspiro forte foi ouvido atrás dela, o que fez seu coração disparar. Ao olhar para trás, não viu ninguém. Foi nesse momento que começou a apressar os passos, sentindo o frio na espinha aumentar. Quando finalmente chegou ao fim do corredor, que dava para a rua, olhou uma última vez para trás e viu, no fundo do corredor, uma sombra indo de um lado para o outro, como se estivesse vagando.

O que era aquela presença, ninguém sabia. O que causou aquele suspiro ou o vulto ao longe, continuava um mistério. Nunca, em todos os anos passando por ali, havia sentido algo assim.

Ao conversar com os vizinhos, descobriu que outros também tinham tido experiências estranhas. Pedras jogadas do nada, portas que batiam sozinhas, sussurros inquietantes. Aos poucos, as crianças que antes brincavam no colégio começaram a evitar entrar. Agora, elas ficam apenas no pátio, perto da quadra, com medo do que pode estar espreitando nos corredores escuros do velho colégio abandonado.